Visualizações de página do mês passado

terça-feira, 27 de março de 2012

Justiça de Colatina condena motorista acusado de atropelar e matar a estudante Jéssica Luz no Colúmbia

www.seisdias.com.br
Cinco anos depois do atropelar e martar a estudante Jéssica Priscila Pereira da Luz, de 14 anos de idade em cima da faixa de pedestre, a Justiça de Colatina condenou o motorista André Cunha Stein a dois anos e três meses de detenção e a indenizar a família da vítima em R$ 187 mil.

Na sentença penal assinada pelo juiz Carlos Alexandre Gutmann exige ainda que a Carteira de Habilitação seja retida pelo prazo de um ano. A morte da menina provocou protestos no dia seguinte do acidente que ocorreu no final da tarde de 16 de novembro de 2007.

Manifestantes atearam fogo em pneus e fecharam a pista da BR-259 no Bairro Colúmbia no trecho que foi atropelada durante todo dia, causando imensas filas em ambos os sentidos da rodovia.
“Na ação criminal movida pelo Ministério Público, os promotores acusam o condutor de “imprudência” e trafegar a mais de 100 km/h numa área residencial” e o relatório aponta que com a força do impacto o corpo de Jéssica foi atirado a 25 metros de distância. A condenação saiu no final de fevereiro passado e os advogados do acusado já recorreram da decisão tanto cível quanto criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

O advogado da família de Jéssica Ubirajara Douglas Vianna afirma que apesar da crença que crimes de trânsito não dão em nada a vitória é do bairro. “Logo a pós o atropelamento da Jéssica foram colocados redutores e velocidade e quebra-molas e placas de sinalização no local. Foi feito justiça e esperamos que o Tribunal acompanhe a sentença”, disse.

O juiz Carlos Magno Telles, da 2ª Vara Civil de Colatina que condenou o motorista a pagar R$ 187 mil atualizados aos pais de Jéssica, alegou na sentença que o próprio motorista reconheceu no seu interrogatório que estava ‘trafegando a uma velocidade aproximada de 100 km/h” e tal depoimento comprova que “agiu com total imprudência”, pois no local havia placas limitadoras de velocidade em 60 km e mais a frente de 40 km.

Ainda no seu depoimento o motorista garante que a faixa de pedestre estava apagada e que a estudante “atravessou a pista de forma repentina não dando tempo de desviar e evitar o acidente”.

“Acho que pena foi pequena demais diante do tamanho do crime cometido, além da demora. Minha filha me ajudava na tarefas domésticas e tomar conta das outras crianças em casa. Em nenhum momento, o motorista atropelador nos procurou ou prestou qualquer assistência. A dor e o sofrimento ainda são muito grandes”, desabafou a mãe da vítima Elizabete de Jesus Pereira da Luz.
Fonte: Nilo Tardin