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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Poluição agrava ataque das cianobactérias em Colatina

A contaminação do Rio Doce pela alga azul que provoca na água cheiro forte e gosto desagradável causa polêmica e preocupação aos usuários do Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (Sanear)- autarquia da prefeitura de Colatina responsável pelo abastecimento de 38 mil residências no município.

Há de uma semana, o ataque das cianobactérias ou algas azuis deixou um cheiro de mofo na água de Colatina, além do gosto de terra aumentando a venda de água mineral na cidade.

Sujo, assoreado e poluído por esgotos domésticos e industriais, aliado ao sol quente a crise ecológica no Rio Doce oferece condições ideais para acelerar a floração das algas microscópica deixando a água com uma cor azul-esverdeada, diz o engenheiro sanitarista do Sanear João Virgílio Avancini.

“Ao ser combatida com o cloro na Estação de Tratamento de Água (ETA) a cianobactéria exala a substância que altera o gosto e o sabor da água ao morrer. A Agência Nacional de Águas (ANA) garante que elas não são tóxicas nem prejudicial à "saúde humana”, destaca João Virgílio.

No ano passado, os colatinenses sofreram com o mesmo problema, somente amenizado com chegada das chuvas que aumentou a correnteza rio, eliminando os focos de floração das cianobactérias.

Este ano, incidência exagerada dos seres microscópicos assusta até os especialistas em tratamento de água no Espírito Santo e Minas Gerais. A venda de garrafões de água aumentou em mais de 30% desde que a população começou a sofrer o problema”, conta o comerciante Délio Casteluber da Disklocshop.

O diretor do Sanear Antônio Demuner diz que na tentativa de solucionar o problema, o uso do carvão ativado vem sendo usado desde que foi detectado o ataque das cianobactérias na bacia hidrográfica. “A situação é crítica no Rio Doce, sobretudo em Minas Gerais. O problema vem de cima. Amostras de água são coletadas regularmente para análise da concentração de algas que estão dentro dos limites toleráveis estipulado pelo Ministério da Saúde«, disse Demuner.

“O gosto da água está insuportável. Tive que comprar água mineral neste final de semana para as visitas que estavam lá em casa”, reclamou o produtor de eventos Geraldo Miranda, 52 anos. “Em 24 anos de trabalho no Sanear nunca vi o Rio Doce com um cheiro tão forte e a água tão estranha”, acentuou Bento Nascimento, 63 anos, operador da bomba de captação de água bruta do Sanear.
Fonte: Laili Campostrini Tardin

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